A anã marrom é um objeto subestelar. Em outras palavras, este é um corpo celeste, que é um cruzamento entre um planeta e uma estrela. Os cientistas conseguiram encontrar as anãs marrons e começaram a estudá-las apenas em 1995, aliás, muitas informações sobre esses corpos celestes ainda estão sendo esclarecidas ou refinadas, pois é extremamente difícil estudá-las.
Anãs marrons costumavam ser classificadas como estrelas muito leves ou planetas muito pesados. Para tornar mais fácil entender por que os cientistas têm tais opiniões, pode-se comparar esses corpos celestes com estrelas e planetas. A massa das anãs marrons varia de 0,012 a 0,0767 massas solares, ou 12,57 a 80,35 massas de Júpiter. Para entender a situação mais claramente, considere o fato de que a massa de Júpiter é 2,47 vezes a massa de todos os outros planetas do sistema solar combinados.
Nas anãs marrons, como nas estrelas, as reações termonucleares ocorrem no início de sua vida. Porém, há uma diferença entre esses objetos: o fato é que as anãs marrons esfriam muito rapidamente e a temperatura em suas profundidades é muito baixa para garantir uma reação contínua de conversão de hidrogênio em hélio, acompanhada pela liberação de calor e luz. A propósito, a própria cor desses corpos celestes se deve à sua temperatura relativamente baixa, que é inferior a 2.000 graus Kelvin. Além disso, as anãs marrons não têm uma zona de transferência radiativa e a transferência de calor ocorre apenas devido à convecção. Em particular, o lítio, que ou se queima nas estrelas no estágio inicial da vida, ou permanece nas camadas superiores, nas anãs marrons passa gradativamente das camadas superiores frias para as internas quentes, garantindo a mistura de substâncias e a relativa homogeneidade da estrutura do corpo celeste.
As anãs marrons há muito são consideradas planetas porque seu diâmetro médio é quase igual ao de Júpiter. Além disso, eles não são capazes de sustentar reações termonucleares por muito tempo. No entanto, também existem diferenças significativas entre esses corpos celestes. Primeiro, as anãs marrons diferem dos planetas em densidade e massa. Como observado acima, sua massa pode ser 80 vezes a massa do gigante gasoso Júpiter. Em segundo lugar, as anãs marrons, ao contrário dos planetas, são capazes de emitir no infravermelho e às vezes na faixa dos raios X, o que permitiu aos astrônomos detectar muitos desses corpos celestes muito além do sistema solar.