O macaco birmanês que espirra estava entre as dez descobertas incomuns mais importantes da biologia em 2011. Esta lista é compilada anualmente pelo Instituto Internacional de Pesquisa de Espécies (EUA, Arizona) com o objetivo de chamar a atenção para a pesquisa científica.
Uma nova espécie de macacos de nariz arrebitado e corpo delgado foi descoberta nas montanhas de Mianmar (norte da Birmânia). Este primata é famoso por espirrar quando chove.
A busca pelo macaco espirros começou quando os zoólogos descobriram um primata incomum com lábios protuberantes e nariz arrebitado. Durante o trabalho de um grupo de cientistas da área de biologia sob a liderança de Ngi Lewin (da Associação de Conservação da Natureza de Mianmar), eles estabeleceram que o habitat deste macaco está na região de Kachin (Vale do Rio Mau, norte da Birmânia) uma altitude de mil setecentos e três mil e duzentos metros acima do nível do mar, e tem apenas duzentos e setenta quilômetros quadrados.
Quatro populações de primatas foram descobertas, nas quais os cientistas contaram aproximadamente trezentos e trinta indivíduos desta espécie. Isso permitiu que fossem classificados como animais em extinção. O habitat do macaco é isolado de outras espécies de primatas por cadeias de montanhas e rios, então eles só foram descobertos recentemente.
Como descreve o participante da expedição, primatologista Thomas Greisman, o macaco que espirra tem pelo preto, tufos de lã branca crescem nas orelhas e no queixo. O crescimento de um animal adulto é de sessenta centímetros. O primata tem uma cauda longa (cento e quarenta por cento do comprimento do corpo).
O nariz do macaco está tão arrebitado que, quando chove, a água flui para dentro dele e o animal espirra alto. Por isso ela foi apelidada de "espirros". É fácil detectar primatas pelos sons de espirros, por isso, em dias de chuva, eles tentam sentar-se com a cabeça escondida entre os joelhos. Os habitantes locais chamam esses animais em tradução de seu dialeto - "um macaco com a cara de cabeça para baixo".
A nova espécie foi batizada de Rhinopithecus strykeri, em homenagem a John Stryker, presidente e fundador da Fundação Arku, que apóia a pesquisa científica. Thomas Greisman também expressou sua preocupação com o desaparecimento de macacos de nariz arrebitado devido ao desenvolvimento desta área no norte da Birmânia para a construção de estradas e grandes represas.
