Em 4 de julho de 2012, especialistas da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN) anunciaram que finalmente descobriram o bóson de Higgs. A existência de tal partícula hipotética foi prevista cerca de cinquenta anos atrás, mas tornou-se possível obter a confirmação prática dessa hipótese somente após o lançamento do Grande Colisor de Hádrons.
Em meados dos anos 60 do século passado, um pouco conhecido professor da Universidade de Edimburgo, Peter Higgs, previu a existência de uma partícula especial, que é a base do modelo moderno do universo. É por essa razão que o bóson de Higgs foi apelidado de "a partícula de Deus". O LHC - o Large Hadron Collider, que é uma instalação grandiosa para o estudo de partículas elementares, ajudou a confirmar experimentalmente a existência de uma partícula.
Higgs sugeriu que existe um certo meio ou campo "agravante", voando através do qual partículas elementares começam a interagir com ele. Quanto mais forte a interação, mais lentamente a partícula rompe o meio e mais massa essa partícula tem. Nos círculos dos físicos, surgiu uma ideia: por meio de um poderoso acelerador para "beliscar" parte do campo, arranjando uma espécie de "Big Bang ao contrário".
De acordo com as leis da mecânica quântica, o campo "agravante" previsto por Higgs consiste em quanta, que são simultaneamente uma onda e uma partícula. Os quanta do campo hipotético de Higgs são chamados de bósons na ciência.
A ideia do experimento era quebrar um par consistindo de um próton e um bóson de Higgs com um impacto poderoso. Isso permitiria ver o próton liberado, que se transformou em um fóton de luz sem meio específico e outra partícula - o procurado bóson de Higgs.
Os experimentos começaram no início dos anos 1980 no primeiro colisor construído pela Organização Européia para Pesquisa Nuclear. Naquela época, não foi possível encontrar o bóson de Higgs, mas muitos resultados intermediários encorajadores foram obtidos. Posteriormente, o trabalho continuou no Grande Colisor de Hádrons, construído na área do Lago Genebra. Novos experimentos duraram mais de onze anos e possibilitaram corrigir os parâmetros de pesquisa, bem como determinar a faixa de medição.
Vários anos de espera e gastos significativos no projeto de pesquisa valeram a pena. Em um comunicado de imprensa oficial do CERN datado de 4 de julho de 2012, foi feita uma declaração cautelosa de que foram identificados sinais claros da existência de uma nova partícula, que se enquadram na estrutura da teoria proposta por Higgs. Apesar da pequena probabilidade de erro existente, a maioria dos físicos está confiante de que a busca pelo bóson de Higgs foi concluída com sucesso.