A ação social como fenômeno social foi descrita pela primeira vez no início do século 20 pelo sociólogo alemão Max Weber. Criando sua própria teoria de "compreensão da sociologia", o cientista colocou a interação dos indivíduos no centro da vida da sociedade. Qualquer ação (ato, afirmação, não interferência, etc.) torna-se social se, ao realizá-la, o indivíduo for guiado pelas ações de outras pessoas.
Instruções
Passo 1
A ação social tem duas características importantes: foco em outros membros da sociedade e racionalidade (consciência). Um ato de uma pessoa que não afeta o comportamento de seus parentes, conhecidos, colegas ou participantes casuais em uma situação não pode ser considerado um ato social. Mesmo o suicídio não será uma ação social se a vida dos parentes do falecido permanecer inalterada.
Passo 2
Para explicar a diferença entre ações naturais (naturais) e públicas (sociais), Weber deu um exemplo ilustrativo. Os ciclistas colidiram em uma estrada estreita. Este próprio fato permanece no quadro de um fenômeno natural. No entanto, segue-se a ação social dos participantes do incidente: uma briga, denúncias mútuas ou, inversamente, um diálogo construtivo e uma solução pacífica para o conflito.
etapa 3
Outra característica da ação social - a racionalidade - é ainda mais difícil de definir. A racionalidade pressupõe que uma pessoa tenha certas metas e objetivos, ao perceber que ela muda o comportamento dos outros. No entanto, uma ação totalmente consciente e apropriada é considerada ideal. Na realidade, uma pessoa pode cometer atos dirigidos a outras pessoas em um estado de paixão. Ao sentir medo ou raiva intensos, nem todos podem controlar suas próprias declarações e reações.
Passo 4
A ação social começa com o surgimento da necessidade de uma pessoa. Então, o indivíduo percebe os desejos e impulsos que surgiram, correlaciona-os com a realidade social, traça metas, planeja suas próprias ações e traça opções para o desenvolvimento da situação. Dependendo do interesse pessoal e do ambiente, uma pessoa pode agir rapidamente, ou passar muito tempo em uma ou outra etapa do processo.
Etapa 5
Dependendo do grau de compreensão humana de seu comportamento social, Weber identificou 4 tipos de ação social:
1. Objetivo racional. O indivíduo está muito atento às suas necessidades, formula claramente o objetivo e encontra a melhor opção para resolver as tarefas atribuídas. Um exemplo de ação racional orientada para um objetivo pode servir como a atividade profissional de um arquiteto ou militar e o comportamento de um egoísta.
2. Valor-racional. Tais ações sociais são realizadas quando um determinado comportamento é especialmente significativo para uma pessoa, independentemente do resultado final. Por exemplo, para o capitão de um navio, um valor importante é seu dever para com os passageiros e a tripulação. Permanecendo em um navio que está afundando, ele não atinge nenhum objetivo, mas permanece fiel aos seus próprios valores.
3. Tradicional. Uma pessoa age de acordo com os estereótipos aprendidos de seu grupo social, por hábito. Ao mesmo tempo, ele não estabelece metas significativas para si mesmo, não se preocupa com os acontecimentos que se avizinham, não vai além do modo de vida usual.
4. Afetivo. Tal comportamento social de uma pessoa é determinado principalmente por suas emoções momentâneas, estado de espírito, humor. Por exemplo, uma mãe amorosa com raiva pode gritar com uma criança desobediente. Seu ato será determinado não por qualquer objetivo ou valor específico, mas por uma reação emocional individual.
Etapa 6
Weber considerou os dois últimos tipos de comportamento limítrofes, uma vez que neles não há consciência e racionalidade absoluta das ações. Ele também reconheceu que, na realidade, os comportamentos mistos são mais comuns. Em diferentes situações de vida, a mesma pessoa pode demonstrar qualquer um dos quatro tipos de ação social. No entanto, a classificação proposta por Weber descreve com bastante precisão as reações comportamentais e é frequentemente usada na pesquisa sociológica.
Etapa 7
Assim, a ação social pode ser caracterizada como uma forma de comportamento humano, em que suas ações se correlacionam com as ações de outras pessoas e são por elas norteadas.