Ao acordar na manhã de 16 de agosto, os moradores da cidade de trabalhadores petrolíferos de Omsk ficaram pasmos. À noite, uma neve incomum caiu em suas ruas. Na aparência, os sedimentos pulverulentos assemelhavam-se a sabão em pó e quase assustavam os habitantes da cidade.
Pela primeira vez, os habitantes locais viram o estranho pó branco. Segundo eles, a substância não parecia neve comum - não derretia sob os raios quentes do sol. A "neve" química cobria as calçadas, parques infantis, carros e peitoris das janelas dos apartamentos com uma camada fina, onde as janelas ficavam abertas à noite. O pessoal de Omsk teve medo de deixar seus filhos saírem e ligaram para o Ministério de Situações de Emergência.
Os especialistas que chegaram junto com Rosprirodnadzor coletaram amostras de uma substância desconhecida para pesquisa e, por precaução, recomendaram que os residentes de Omsk se abstivessem temporariamente de caminhadas, atividades esportivas ao ar livre e também pediram às pessoas que mantivessem as janelas fechadas. Inicialmente, a suspeita caiu sobre uma usina termelétrica local localizada nas proximidades, mas o pó exteriormente não se parecia com cinzas de forma alguma.
No Centro Científico de Omsk do Ramo Siberiano da Academia Russa de Ciências, foi realizado um estudo da amostra selecionada e constatado que a "neve" química consiste em alumínio, silício e oxigênio, formando um aluminossilicato. Inclusões menores de metal também foram encontradas. A substância precipitada não é tóxica e não representa uma ameaça para os residentes de Omsk.
Os aluminossilicatos são usados em muitas indústrias, mas também podem ser de origem natural. Até o momento, o culpado pela "neve" de agosto não foi identificado. Os especialistas presumem que a emissão para a atmosfera ocorreu em decorrência da violação dos regimes tecnológicos de um dos empreendimentos, que são muitos na cidade. Além disso, o culpado do incidente pode ser a estação ferroviária próxima Kombinatskaya, onde os carros são descarregados à noite. Empreendimentos localizados na zona industrial do norte estão sendo testados quanto ao envolvimento nas emissões, e o Ministério Público do Meio Ambiente espera encontrar e punir o culpado em breve.
