A beladona comum, além do nome científico em latim - Atropa belladonna - tem muito mais gente, uma das quais é um estupor sonolento. Graças à substância atropina, abundante na planta, hoje muitas doenças são tratadas, mas uma overdose é carregada de uma condição realmente comparável à "estupidez", a raiva.
O nome beladona, quer queira quer não, quer ser associado à palavra beleza, especialmente porque em latim também é chamada de beladona (traduzida como uma bela mulher). No entanto, ele também tem outros nomes não tão eufônicos. As pessoas chamam a beladona de louca, bêbada, louca ou baga do diabo. O estupor sonolento também diz respeito a ela, e por um bom motivo.
Beleza traiçoeira
Se você olhar de perto, o alerta sobre o possível perigo está no nome completo da planta - Atropa beladona. Afinal, uma planta discreta, com delicadas inflorescências rosadas, é completamente venenosa. Os caules, folhas, flores e frutos estão repletos de oxicumarinas, flavonóides, alcalóides, uma parte significativa dos quais é a atropina, um veneno. Em pequenas doses, pode aliviar a dor e ter um efeito paralisante na atividade nervosa.
Apesar de, segundo os médicos medievais, a beladona levar à loucura, privar a mente e causar um estado de possessão demoníaca, ela é usada com sucesso na farmacologia para o tratamento de muitas doenças. Devido à sua capacidade de reduzir a secreção das glândulas sebáceas, sudoríparas, salivares e gástricas, na medicina, tumores, úlceras, hemorróidas, doenças do duodeno, colecistite, colite biliar e renal, doenças dos brônquios e do coração são tratadas com beladona preparativos.
Ao usar medicamentos com beladona, mesmo com receita médica, não se esqueça que mesmo em pequenas quantidades inibe a reação psicomotora. Se você tiver que dirigir um carro ou realizar trabalhos que exijam concentração e atenção redobrada, tome cuidado. Se a dosagem for violada, boca seca, tontura, alucinações e sonolência ou superexcitação nervosa são possíveis.
Segredos ancestrais
Acredita-se que o “nome” Atropa a beladona herdada da deusa grega da morte, que, em combinação com a “bela mulher”, formava uma espécie de unidade de opostos, lembrando que esta planta tanto pode curar quanto destruir. Mesmo na Idade Média, a decocção de beladona era dada em vez da tortura aos prisioneiros, após a degustação, eles distribuíam tudo o que deles era exigido.
Misturando suco de beladona com vinho, eles aliviaram dores de várias origens. Enterrando-o nos olhos, as mulheres procuraram alargar as pupilas e dar-lhes um brilho irresistível. O suco de beladona ruborizava as bochechas e o usava como desodorante, pois suprimia a atividade das glândulas sudoríparas. Já no século 17, havia uma receita de pomada com beladona, quando esfregada a pessoa sentia leveza e bem-aventurança, ou, aumentando a dose, podia dormir um dia.
Os lingüistas associam o surgimento do famoso ditado “a beleza exige sacrifício” ao uso da beladona para fins cosméticos. Afinal, uma substância tóxica, tendo penetrado na pele, pode causar tanto excitação excessiva quanto um estado de "intoxicação", leveza. Uma pessoa pode se divertir muito, mas então a apatia se instala. A intoxicação é possível, o que, na melhor das hipóteses, causará um aumento na temperatura e na pressão, mas também pode ser fatal devido à paralisia do trato respiratório.